A outra vez confundida
Com outrora,
Outorgada pelos ventos outonais...
Outra vez a noite surgida
Do escuro de minhas mãos,
Trêmulas agora bastou
O sussurro esquálido da tempestade
Tatear as frestas da janela.
Outrossim, a
réplica insana
No vulto malogrado,A morte comum do malfadado,
O esquivo que flutua
Por entre táticas milimétricas...
É sempre outra
vez
No mundo dos
encontros fugidios.
3 comentários:
Caro amigo Jean, como andas? Mando-lhe um poema que há pouco fiz. Abraços.
"O tempo, a moral e o indizível"
E então, eis que não somos nada:
Nem cedo, nem tarde, nem noite e nem dia
- indesejados, expulsos ventre afora,
sem rima e vontade, sem verdade: agonia
À medida de todas as coisas
não somos coisa nenhuma
(ou quem sabe um resto de nada,
ou resto de coisa alguma?)
Estava lá, onde está inalcançável
e por isso passado, passou:
sem alarde, sem dor ou aflição,
Estava lá e aqui: inalcançável
Felipe, meu caro,
que linda dança das palavras: "não somos coisa nenhuma (ou quem sabe um resto de nada, ou resto de coisa alguma?)"
Mas uma pergunta: estás passando por uma fase Augusto dos Anjos por quê?
Quanto ao mais, vou bem; um pouco corrida a vida, mas bem. Estou mais ou menos na segunda fase deste meu poema:
Antes e Depois
Inocência,
Imaginação,
Fantasia,
Admiração...
O tempo parecia não passar!
Num instante, inconstante.
Doravante, avante!
Na marcha do infante,
Amante, errante!
Adiante, adiante,
O instante que se quer constante:
Nem um instante!
Abraço, meu caro!
Olá Jean. Nossa, só agora vi isso que você escreveu!
Então, eu estava passando por um evento meio traumática em minha vida. Fui contaminado pela perspectiva de uma insignficância existencial bem pesada.
Um abraço.
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